Drosophyllum lusitanicum
- Rafael Félix
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- Registado:fevereiro 9, 2011, 8:28 pm
DROSOPHYLLUM LUSITANICUM
O Drosophyllum lusitanicum é uma planta carnívora muito especial. Porquê? Por muitos motivos!
Primeiríssimo e mais importante: como o seu nome indica, ele é um quase lusitano!, ocorrendo apenas em Portugal, sul de Espanha e Marrocos! Por este motivo, ele é muitas vezes referido como a "Planta Carnívora Portuguesa", e por isso não podia deixar de ser o logótipo da Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras!
Depois, ele assemelha-se bastante às Drosera, mas foi recentemente retirado da família destas (Droseraceae) e passou a constituir ele mesmo uma família da qual é o único membro (por isso se diz ser uma família monotípica), a Drosophyllaceae, já que tem bastantes características que o distinguem de todas as outras carnívoras.
Assim sendo, merece que haja nesta secção do fórum uma página dedicada a ele! Abaixo encontram-se algumas informações acerca desta espécie:
Taxonomia:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Drosophyllaceae
Género: Drosophyllum
Espécie: Drosophyllum lusitanicum
Nomes Comuns: Pinheiro-baboso; Erva-pinheira orvalhada; Portuguese Dewy Pine (do inglês)
Morfologia e Fisiologia:
O Drosophyllum lusitanicum cresce em forma de roseta, de cujo centro saem as folhas novas, que se desenrolam de fora para dentro (uma das características que a distingue das Drosera). À medida que as folhas velhas morrem, o Drosophyllum vai adquirindo altura. Com a idade, esta espécie tende a ramificar-se, o que associado à altura adquirida pode conferir ao D. lusitanicum um aspecto arbustivo.
As suas folhas encontram-se cobertas de glândulas, as quais têm uma forma muito característica de "cogumelo" (outra característica distintiva das Drosera), as quais segregam a mucilagem responsável pela captura de insectos e que confere ao Drosophyllum o nome de Erva pinheira Orvalhada.
Ao contrário das Drosera, o Drosophyllum não possui movimento nas folhas.
A floração é amarela e da cápsula surgem entre 6 a 10 sementes.
Cultivo:
Substrato: há uma grande especulação acerca de qual o melhor substrato para o Drosophyllum. Um substrato arenoso/argiloso 100% mineral é aconselhado, sendo que uma pequena percentagem de matéria orgânica é favorável. Em termos de materiais, isto traduz-se num substrato de areia de sílica/quartzo, com uma pequena quantidade de turfa ou mesmo substrato comum.
Humidade, luminosidade, ventilação e temperaturas: Sendo uma espécie que ocorre no nosso território, o Drosophyllum está perfeitamente adaptado às condições climatéricas portuguesas, sendo que pode e deve ser cultivado na rua, exposto às condições ambientais quotidianas.
Rega: o substrato do Drosophyllum deve manter-se permanentemente húmido, contudo, esta espécie é tolerante a secas esporádicas dada a sua capacidade de absorção da humidade atmosférica. Assim, deve privilegiar-se uma rega por cima com uma boa drenagem da água, e não o uso de prato por baixo como usual. Usar apenas água destilada, da chuva ou por osmose inversa.
NOTA: para o cultivo de Drosophyllum é aconselhável o uso de vasos de barro grandes, já que há uma maior estabilidade térmica e hidrodinâmica do sistema.
Reprodução: existe o mito de que o Drosophyllum não é passível de ser propagado por leaf-cutting ou qualquer outro método assexuado. Sendo impossível ou não, em cultivo, é muito difícil que ocorra e portanto não é um método viável. Contudo, a reprodução por sementes é relativamente fácil.
A semente deve ser colocada ao de cima do substrato nas condições ideais de cultivo da planta. A taxa de germinação é maior se for feita a escarificação da semente, a qual consiste no enfraquecimento da casca (tegumento) da semente, de modo a facilitar a entrada de humidade, estimulando o desenvolvimento do embrião. Este processo deve ser feito com cautela para não danificar a semente.
Transplante: o Drosophyllum deve ser plantado no vaso definitivo, já que o seu sistema radicular é muito sensível e não resiste a transplantes! A planta pode até resistir, mas dentro de pouco tempo morrerá.
Fotografias (de Paulo Salvador):
NA NATUREZA
Nesta foto vê-se bem o desenrolar "ao contrário" do Drosophyllum!
EM CULTIVO
Nesta foto vê-se bem a altura do Drosophyllum devido à morte das folhas velhas.
Nesta foto vêem-se perfeitamente as glândulas em forma de "cogumelo", na silhueta das folhas!
O Drosophyllum lusitanicum é uma planta carnívora muito especial. Porquê? Por muitos motivos!
Primeiríssimo e mais importante: como o seu nome indica, ele é um quase lusitano!, ocorrendo apenas em Portugal, sul de Espanha e Marrocos! Por este motivo, ele é muitas vezes referido como a "Planta Carnívora Portuguesa", e por isso não podia deixar de ser o logótipo da Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras!
Depois, ele assemelha-se bastante às Drosera, mas foi recentemente retirado da família destas (Droseraceae) e passou a constituir ele mesmo uma família da qual é o único membro (por isso se diz ser uma família monotípica), a Drosophyllaceae, já que tem bastantes características que o distinguem de todas as outras carnívoras.
Assim sendo, merece que haja nesta secção do fórum uma página dedicada a ele! Abaixo encontram-se algumas informações acerca desta espécie:
Taxonomia:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Drosophyllaceae
Género: Drosophyllum
Espécie: Drosophyllum lusitanicum
Nomes Comuns: Pinheiro-baboso; Erva-pinheira orvalhada; Portuguese Dewy Pine (do inglês)
Morfologia e Fisiologia:
O Drosophyllum lusitanicum cresce em forma de roseta, de cujo centro saem as folhas novas, que se desenrolam de fora para dentro (uma das características que a distingue das Drosera). À medida que as folhas velhas morrem, o Drosophyllum vai adquirindo altura. Com a idade, esta espécie tende a ramificar-se, o que associado à altura adquirida pode conferir ao D. lusitanicum um aspecto arbustivo.
As suas folhas encontram-se cobertas de glândulas, as quais têm uma forma muito característica de "cogumelo" (outra característica distintiva das Drosera), as quais segregam a mucilagem responsável pela captura de insectos e que confere ao Drosophyllum o nome de Erva pinheira Orvalhada.
Ao contrário das Drosera, o Drosophyllum não possui movimento nas folhas.
A floração é amarela e da cápsula surgem entre 6 a 10 sementes.
Cultivo:
Substrato: há uma grande especulação acerca de qual o melhor substrato para o Drosophyllum. Um substrato arenoso/argiloso 100% mineral é aconselhado, sendo que uma pequena percentagem de matéria orgânica é favorável. Em termos de materiais, isto traduz-se num substrato de areia de sílica/quartzo, com uma pequena quantidade de turfa ou mesmo substrato comum.
Humidade, luminosidade, ventilação e temperaturas: Sendo uma espécie que ocorre no nosso território, o Drosophyllum está perfeitamente adaptado às condições climatéricas portuguesas, sendo que pode e deve ser cultivado na rua, exposto às condições ambientais quotidianas.
Rega: o substrato do Drosophyllum deve manter-se permanentemente húmido, contudo, esta espécie é tolerante a secas esporádicas dada a sua capacidade de absorção da humidade atmosférica. Assim, deve privilegiar-se uma rega por cima com uma boa drenagem da água, e não o uso de prato por baixo como usual. Usar apenas água destilada, da chuva ou por osmose inversa.
NOTA: para o cultivo de Drosophyllum é aconselhável o uso de vasos de barro grandes, já que há uma maior estabilidade térmica e hidrodinâmica do sistema.
Reprodução: existe o mito de que o Drosophyllum não é passível de ser propagado por leaf-cutting ou qualquer outro método assexuado. Sendo impossível ou não, em cultivo, é muito difícil que ocorra e portanto não é um método viável. Contudo, a reprodução por sementes é relativamente fácil.
A semente deve ser colocada ao de cima do substrato nas condições ideais de cultivo da planta. A taxa de germinação é maior se for feita a escarificação da semente, a qual consiste no enfraquecimento da casca (tegumento) da semente, de modo a facilitar a entrada de humidade, estimulando o desenvolvimento do embrião. Este processo deve ser feito com cautela para não danificar a semente.
Transplante: o Drosophyllum deve ser plantado no vaso definitivo, já que o seu sistema radicular é muito sensível e não resiste a transplantes! A planta pode até resistir, mas dentro de pouco tempo morrerá.
Fotografias (de Paulo Salvador):
NA NATUREZA
Nesta foto vê-se bem o desenrolar "ao contrário" do Drosophyllum!
EM CULTIVO
Nesta foto vê-se bem a altura do Drosophyllum devido à morte das folhas velhas.
Nesta foto vêem-se perfeitamente as glândulas em forma de "cogumelo", na silhueta das folhas!
- SamuelRodryg
- Membro Normal
- Mensagens:622
- Registado:abril 5, 2015, 7:34 pm
- Localização:Lisboa
Re: Drosophyllum lusitanicum
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Última edição por SamuelRodryg em julho 17, 2015, 6:09 pm, editado 1 vez no total.